terça-feira, 13 de setembro de 2011

Regência Verbal :D


A regência vem do significado gramatical de reger, ou seja, de determinar a flexão de algum termo.
Nesse post, vou falar especificamente da regência verbal :)
Bem, nesse tipo de regência  o verbo é o regente da oração, enquanto o seu complemento é o termo regido, logo é o que irá ser flexionado, ou seja,  podemos defini-la como a relação que o verbo (podendo ser transitivo direto, indireto ou intransitivo, dependendo do seu objeto ou da ausência dele) estabelece com o seu complemento, que pode ser um objeto direto (sem preposição) ou um objeto indireto (com preposição).

Aqui estão alguns exemplos retirados do 4º capítulo do livro São Bernardo:


- ''Vi essas maluqueiras bastante satisfeito (...)''
Nessa frase, o verbo ''ver'' atua como um VTD, pois o seu complemento (essas maluqueiras bastante satisfeito) é um objeto direto. Aí você pergunta.. -O que faz desse complemento um OD? Bem, quando nós vemos, vemos alguma coisa ou alguém, ou seja.. vemos o que?/quem? Essa resposta não apresenta a preposição, o que faz do complemento um objeto direto :)


- ''E a gente ficava sem saber se ele se referia aos parceiros (...)''
O termo destacado nesse exemplo atua como OI, pois se vê claramente o uso da preposição. Quando a gente se refere, se refere a alguém, como visto acima. O verbo referir está consequentemente atuando como um VTI.


- ''Andei,virei,mexi (...)''
Nesse exemplo temos verbos que se complementam por si só, sendo chamados de intransitivos. Diferentemente dos outros casos, nós entendemos que alguém andou, virou e mexeu, sem precisar de mais informações.



Eu não sou uma professora de português legal como a nossa querida professora Mariliana, mas eu espero que dê pra entender regência verbal com essa linda explicação. *-*
Déborah.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Crase (Oh meu Deus)

Bom dia amada prófis Marlliana, já que imagino que você será a única pessoa que visitará nosso blog, receba saudações personalizadas e lindas :D

Então, nesse momento falaremos sobre crase, ou acento grave, como também é chamado (Oh meu Deus, o que fazer?), de fato, é um conteúdo um tanto complicado, porém, com a ajuda de nosso querido professor Francisclay, aprendemos uma forma super legal e divertida para lembrar algumas regras básicas e alguns dos casos especias de crase, obrigada tio Fran *-*~

Como a tábs é super legal e divertida, ela lembrará as regrinhas de crase por essa musiquinha super legal e descolada \o/ (Juju, não me odeie por essa postagem, mimimi)

A crase
(autor desconhecido)
Toda vez que o a preposição
Encontra o artigo definido a
Dá crase (bis)

Toda vez que o a preposição
Encontra aquilo, aquele ou aquela.
Dá crase (bis)
É crase (bis), é ela!

Antes de palavras masculinas
Antes de verbos e pronomes em geral
No meio de palavras repetidas
Antes de nomes femininos no plural
Não tente colocar acento grave
Pois nesses casos fazer crase fica mal

Antes de pronomes possessivos
Antes de nomes próprios femininos
Depois do uso da palavra até
Usar a crase é facultativo

Se acaso a casa não tem determinação
E a distância por acaso também não
Se for a terra de bordo oposição
Fazer a crase, não! (bis)

Dando continuidade ao nosso trabalho com o livro São Bernardo (Graciliano Ramos), retirei do capítulo 4 da obra alguns casos de crase que aqui serão explicados.

“E não prestei mais atenção ao caso, deixei que ele se entusiasmasse só e fosse discutir o seu projeto no Gurganema, à noite, ao som do violão. Realmente transformou-se.”
A crase deve ser utilizada antes de locuções adverbiais femininas (ex: às vezes, à noite)

“Mas de madrugada, numa carraspana terrível, importunou-me gemendo palavras desconexas. A cada solavanco do carro de bois que nos conduzia à cidade, levantava a cabeça”
A crase deve ser utilizada antes de nome de lugar no femino. 

Eu estou com preguiça de decorar essa música feliz, como saber se devo empregar a crase?” 
Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase, por exemplo: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria “Fui ao supermercado”. Logo, o uso da crase está correto.

“Gostei da musiquinha e quero saber o ritmo *-*” Clique no link abaixo e poderá baixá-la

Bom, é só isso, espero que minha amada prófis tenha gostado de minha postagem bem humorada e, juju, não me odeie :D 

Beijos da Tábs =*

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

     São Bernardo é uma obra do consagrado escritor Graciliano Ramos e foi escrita em 1934. Neste livro, Graciliano consolidou sua técnica, estilo e um significativo aprofundamento na combinação do social e do psicológico, criando dessa forma uma obra de análise significativa das relações humanas. A história é narrada em 1ª pessoa, onde Paulo Honório conta a sua história desde quando ainda vivia com a sua família paupérrima até o momento que enriquece ilicitamente e passa a viver à custa da desonestidade e da exploração de seus empregados.
     A história se inicia com a narração da condição de caixeiro viajante e de guia de cego de Paulo Honório. Nosso protagonista se considerava sagaz e possuidor de um grande dom para lidar com negócios, e usou essa sua “habilidade” para se aproveitar da vulnerabilidade de um jogador irresponsável chamado Luiz Padilha, comprando assim a fazenda São Bernardo, onde já havia trabalhado antes. Ele eliminava todos os obstáculos ( incluindo pessoas) que apareciam na sua frente para atingir os seus objetivos capitalistas, visando apenas o lucro que tudo lhe poderia trazer.
     Já aos 45 anos, conhece Madalena, uma professora boa que vivia com uma tia velha. Honório acaba se casando com ela, embora não tenha sido por amor: o que ele tinha em mente era unicamente garantir um herdeiro para São Bernardo. Ela foi a única pessoa que Paulo Honório não conseguiu transformar em objeto de seus negócios, passando a gerar conflitos entre os dois quando começa a questionar a condição de miséria dos empregados da fazenda. Nosso protagonista é tomado por uma raiva profunda e por um ciúme doentio e, simultaneamente, uma confusão mental o atormenta. Em meios a tantos conflitos, nasce o primeiro filho do casal e as discussões só se intensificam, levando-o a uma conclusão: ambos pertencem a mundos diferentes.
     Madalena, por motivo de seu grande ciúmes e da arbitrariedade praticada pelo protagonista, acaba por se suicidar. Com o tempo, as pessoas vão deixando a propriedade, levando São Bernardo à decadência. Ao ver tudo se acabar, Paulo Honório tenta escrever a história de sua vida, procurando entender os fatos de sua vida, sua esposa e sua forma de ver o mundo. É aí então que surge o ”São Bernardo", que se trata de uma retrospectiva da própria vida de Paulo Honório. A narrativa prossegue à medida que o protagonista toma consciência de seu estado infeliz. O que mais chama atenção no livro é sua construção inversa. Madalena, mulher inteligente e capaz de escrita perfeitamente, de apreciar um livro e de respeitar o outro, é simplesmente incapaz de ser amada pelo marido ou pelo filho. Ela é incompreendida pelo marido que, segundo ela, é um bruto, possuindo uma linguagem seca e cortante.
       Essa narrativa faz um balanço trágico de um homem perdido e capitalista, que acaba por desumanizar-se para conseguir sobreviver.